Paradise Police – Avaliação do Filme

Paradise Police – Avaliação do Filme

Paradise Police faz parte de uma tradição das animações adultas que, ao mesmo tempo em que são absurdamente engraçadas, também trazem uma crítica social profunda. Essa produção da Netflix em dez episódios traz piadas rápidas e cortantes com boa dose de sarcasmo, mas também fazem pensar sobre a conduta policial não só nos Estados Unidos

Paradise Police faz parte de uma tradição das animações adultas que, ao mesmo tempo em que são absurdamente engraçadas, também trazem uma crítica social profunda.

Essa produção da Netflix em dez episódios traz piadas rápidas e cortantes com boa dose de sarcasmo, mas também fazem pensar sobre a conduta policial não só nos Estados Unidos – conhecido por ter problemas nesse setor – quanto no resto do planeta.

Isso, é claro, não tira a graça do desenho. Todos os episódios são sensacionais de assistir, e fazem dessa série uma das boas adições da plataforma de streaming neste ano.

Sarcasmo, ironia e cia.

Roger Black e Waco O’Guin são os criadores de Paradise Police, e já são conhecidos do público por terem feito a série Brickleberry (2015-2015), que está caminhando para se tornar cult. Aqui, eles aproveitam todas os clichês e estereótipos da polícia americana para tirar um sarro com a instituição, que vive se metendo em problemas por conta da sua violência excessiva, principalmente contra minorias.

Os personagens são bastante caricatos: o chefe burro, o brutamontes, os desmiolados… todos eles já foram vistos em outras produções com o mesmo sentido (quem lembra de Loucademia de Polícia?) mas que agora, atualizados, trazem em si um quê de crítica, mostrando mais sobre a hipocrisia e a seletividade dos membros dessa corporação policial sobre como tratar as pessoas que, no fim das contas, precisam dos serviços oferecidos por eles.

Claro que não fica apenas nisso. Paradise Police é extremamente engraçada, com situações que beiram o surrealismo e não força a barra para algo escatológico em (quase) nenhum momento. Toda a graça da série vem dos seus personagens, burros e ineptos para segurar uma arma, mas que acham estar fazendo a coisa certa por serem cidadãos de bem. Onde já vimos isso antes?

Um belo trabalho de dublagem

E assim como em qualquer boa animação, Paradise Police precisa contar com o talento de dubladores excepcionais para passar a verdadeira graça da produção. E nesse caso, os produtores e criadores puderam contar com um time excelente, que veio de vários lugares conhecidos pelo público.

Para começar, o mais famoso deles: Tom Kenny, que há anos dá voz a Bob Esponja e é bastante conhecido no mundo da animação, está no elenco principal. Além dele, Dana Snyder (Aqua Teen Hunger Force), Cedric Yarbrough (Speechless), Dave Herman (Bob’s Burgers), Sarah Chalke (Roseanne) e Kyle Kinane (The Standups) completam o time, bastante diverso mais repleto de talentos.

São essas as vozes que dão o tom e a cara de Paradise Police,  que tem um texto recheado de ironias e situações absurdas, mas que se tornam verossímeis (e por isso mais engraçadas) por conta do talento das pessoas que fazem as vozes. Não basta ter um roteiro excelente: para uma animação, as pessoas que fazem as vozes dos personagens são essenciais para o sucesso de uma produção desse tipo. Por sorte, aqui eles aparecem em abundância e garantem a diversão, nos fazendo rir de situações que, na vida real, nos chocam profundamente.

2 comments
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2 Comments

  • Ana
    06/10/2020, 20:26

    Eu só achei chocante mesmo, óbvia, o mesmo da vulgaridade absurda e podre da escatologia norte-americana. Mas né… Opinião é que nem… Joelho, cada pessoa tem… Em geral, dois. Pena, não fosse o exagero só ridículo, poderia ser interessante. Mas é misógina, machista, homofóbica, como já era de se esperar 🙂

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