A TV, em 2017, continua com tudo, e uma das atrações de maior popularidade nesse meio de comunicação continua sendo as Séries, as boas e velhas séries, e o seus episódios que, ou acompanhamos mensalmente, ou fazemos as tão famosas maratonas.
Nossa top 10 das séries este ano
Entre muita coisa que simplesmente foi mais do mesmo, algumas se destacaram bastante em diversos aspectos, e aqui, listaremos as dez melhores desse ano que passou.
10- Preacher
O que parecia impossível aconteceu.
A insana HQ criada por Gath Ennis e Steve Dillon foi transposta para a TV com dignidade, e se a primeira temporada já era um belo soco no estômago.
Esta segunda veio mais perturbadora ainda, com um ritmo mais ágil, desenvolvimento de personagens antigos e aquisição de novos, além de um famigerado episódio que gerou revolta entre os cristãos mais ortodoxos.
Missão cumprida.
9- Stranger Things
Se a primeira temporada foi uma grata surpresa, a segunda foi a consagração.
As boas e velhas referências oitentistas se misturam de maneira ainda mais orgânica com uma estória ainda mais intrigante, com direito a aquisição de ótimos personagens, bem como o protagonismo de outros.
Os efeitos visuais, evidentemente, ficaram mais elaborados, e as atuações, principalmente do elenco mirim, ficaram na medida. Que a terceira temporada não demore tanto quanto anunciaram.
8- Mindhunter
David Fincher já se mostrou um exímio contador de histórias envolvendo serial killers, e, com Mindhunter, ele pôde dar um passo além.
Baseada numa obra literária, a estória embarca fundo na psicologia de alguns dos mais perigosos psicopatas de que se tem notícia para mostrar o quão tênue é a linha que separa a sanidade da loucura.
Com uma temporada enxuta, de poucos episódios, Mindhunter conseguiu passar para a TV o clima dos mais perturbadores thrillers policiais.
7- Dear White People
Quando o assunto é racismo, há diferentes abordagens a serem tomadas.
No caso de “Dear White People”, literalmente “Cara Gente Branca”, a solução encontrada foi mostrar esse problema sem muitos retoques, colocando o dedo na ferida de uma maneira bastante forte.
Com personagens cativantes, além de uma trilha sonora de se tirar o chapéu, a série da Netflix mostra que é possível ter entretenimento com crítica social, sem soar pedante.
6- Mr. Robot
A primeira temporada foi excelente, mas, a segunda foi bastante fraca.
As expectativas, portanto, estavam baixas, mas, eis que “Mr. Robot” resurge cínico, mordaz, criativo, violento e provocador como tem de ser.
Com episódios mais curtos, uma dinâmica na narrativa melhor trabalhada e uma ampliação no conceito original, esta terceira temporada colocou as coisas nos eixos, e voltou a fazer de “Mr. Robot” uma série confiável.
5- Bojack Horseman
A quarta temporada desta improvável série protagonizada por um cavalo, ex-astro de cinema, conseguiu unir o melhor dos mundos.
Mesclando de maneira natural estórias ácidas e provocativas, com outras tristes e existencialistas, além, é claro, de parodiar muito bem o culto às celebridades.
Sem dúvida, uma das melhores séries de animação dos últimos tempos.
4- O Justiceiro
Com certeza, depois dos fiascos de “Punho de Ferro”, “Os Defensores” e “Inumanos”, o público já deve estar meio saturado de séries televisivas de super-herois. M
as, sempre há esperança de que surja algo acima da média, e essa esperança surgiu sob o nome de “O Justiceiro”, que fez jus ao violento personagem da Marvel.
Com um roteiro bem estruturado e personagens desenvolvidos sem pressa, além de algumas cenas bastante gore, “O Justiceiro” pode ser colocado no mesmo patamar eu a primeira temporada de “Demolidor”, sem problema algum.
3- The Handmale’s Tale
Futuros distópicos quase sempre rendem ótimas estórias, pois, dentro desse universo, as possibilidades de tecer todo tipo de críticas sociais são muito grandes.
No caso de “The Handmale’s Tale”, a questão tem cunho religioso, militarista e feminista, num mundo onde as mulheres são, literalmente, propriedade do Estado.
Num mundo onde as mulheres continuam a sofrer com o machismo, a série toca em assuntos polêmicos, de maneira forte e contundente.
Uma série incômoda, decerto, mas, necessária.
2- Ricky e Morty
É incrível como em pouquíssimo tempo, Ricky e Morty atingiu um alto grau de popularidade, mesmo com estórias tão surreais, violentas e cheias de teorias científicas complicadas.
A resposta talvez esteja no fato de que a série está sabendo dosar elementos mais específicos com outros mais universais, como relacionamentos familiares, consumismo, etc.
Tudo embalado, claro, num humor pra lá de ácido, e que se confirmou fortemente nesta terceira (e melhor) temporada da série.
1- Twin Peaks
Que David Lynch é uma sumidade entre os cinéfilos de plantão, isso não é novidade.
Mas, o que impressiona é que, no auge de seus 40 anos de carreira, o diretor ainda consiga elaborar uma obra tão instigante quanto esta terceira temporada da clássica “Twin Peaks”.
Mesmo com um tom mais moderno do que as primeiras temporadas feitas lá no início dos anos 90, a série permaneceu com a sua essência de desafiar o espectador a decifrar cada acontecimento como se fosse um imenso quebra-cabeças.
De tirar o chapéu.
