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Review – A Lâmina do Imortal – Filme – Crítica Cinema

by Lucas Chartzie
Review - A Lâmina do Imortal - Crítica

A Lâmina do Imortal é (acreditem!) o 100º filme de Miike.

Em sua carreira de altos e baixos, conseguiu firmar o seu nome no cinema mais extremo e underground. 

Blade é, sem dúvida, um dos mangás de maior qualidade quando o assunto é samurai.

Está facilmente, ao lado de obras como O Lobo Solitário e Vagabond.

A estória, tensa e brutal como poucas, unida à fantástica arte de Hiroaki Samura fizeram de Blade um clássico dos quadrinhos japoneses.

Como era de se esperar sugiram algumas adaptações em outras mídias, com destaque para um anime produzido para a TV em 2008.

E agora, em 2017 estreou no Japão (e, sem data para chegar por aqui, no Brasil)

A insana adaptação para cinema da obra pelas mãos de ninguém menos do que Takashi Miike.

Um dos diretores mais produtivos (e, perturbados) em atividade atualmente.

A Lâmina do Imortal é (acreditem!) o 100º filme de Miike.

Numa carreira de altos e baixos, conseguiu firmar o seu nome no cinema mais extremo e underground.

E, a adaptação de Blade leva muito da sua assinatura, em especial, a violência gráfica e um estilo narrativo envolvente e dinâmico.

A produção pega muito dos personagens e das estórias paralelas do mangá, e compila num longa-metragem de duas horas e vinte minutos de duração.

O preço disso é que muitos dos personagens não são tão bem desenvolvidos como são nos quadrinhos.

Ao passo que a trama acelerada possibilita ótimas cenas de batalhas (o ponto alto do filme).

No enredo, acompanhamos a trágica estória de Manji, um samurai que, após ser enganado por seus superiores, passa a ter a cabeça a prêmio.

E numa luta em que quase morre, recebe o dom da imortalidade de uma monja.

A partir disso, o filme tem um salto temporal de cinquenta anos.

Passamos a acompanhar intrigas políticas entre clãs rivais e o desejo de vingança de uma garota chamada Rin, cujo destino irá se cruzar com o de Manji.

Enredo de A Lâmina do Imortal

A trama é basicamente aquele tipo de aventura onde temos uma espécie de anti-heroi imbatível, e vilões sendo abatidos um a um.

O bom é que o domínio narrativo de Takashi Miike permite com que algo batido e clichê ainda gere interesse e empolgação.

Conseguimos ter empatia por personagens como Manji e Rin, e até outros que, aparentemente, são mais rasos, como o antagonista Anotsu.

Mostram-se com um bom nível de profundidade no decorrer da estória.

No entanto, o grande atrativo de A Lâmina do Imortal são, indiscutivelmente, as suas cenas de luta.

Ao contrário da maioria desse estilo de filme oriental, não são necessariamente coreografadas como se fosse quase um balé.

Ao contrário

A câmera de Miike nos coloca no centro dessas batalhas, e tudo é filmado de maneira mais brutal e crua.

Tanto que o filme consegue ser mais sanguinolento do que Kill Bill, por exemplo.

Em termos de atuações, todos estão ótimos, e não comprometem em nenhum momento.

Mesmo que o estilo de interpretação oriental ainda gere certo preconceito em nós, ocidentais.

Por fim, o habitual estilo de direção de Miike continua impecável, insano e bem, digamos, peculiar.

Sem dúvida, A Lâmina do Imortal é um ótimo exemplar pra quem curte tudo o que envolve a mítica dos samurais.

“Com algumas doses homéricas a mais de violência gráfica, obviamente”.

Nota: 8/10.


Com certeza na lista de um bom filmes de 2018. Em breve estarmos colocando mais artigos da Editora JBC também.

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