O último ano não foi um ano muito bom para o cinema de entretenimento. Listamos As Dez Maiores Decepções do Cinema em 2017. Apesar das altas bilheterias de filmes como Mulher Maravilha e Thor: Ragnarok.
Não foi fácil pra ninguém, e muito menos para o Cinema
Mas no geral, convenhamos que foi um ano bem fraco, e produções que prometiam muito, entregaram muito pouco, ou até quase nada, deixando aquela inevitável sensação de frustração no ar.
Lista os piores de qualquer coisa que seja não é tarefa das mais agradáveis, é verdade, mas ao menos como toda lista que se preze, tentemos nos divertir com ela.
10- Life
Tudo bem que ficções científicas focadas em monstros alienígenas nunca primaram por roteiros bem elaborados e personagens com o mínimo de inteligência.
Mas assim como em Alien: Covenant (também desse ano), Life irrita ao abusar de velhos clichês, do mais do mesmo, daquela sensação inconveniente de déjà-vu.
E, isso tudo unido a personagens bastante incompetentes e irritantes, e teremos este filme aqui. Salvam-se apenas algumas das mortes, mais ou menos criativas, e um pouco agoniantes.
9- Okja

Tudo bem que este aqui não foi para o cinema e sim, para a emissora de TV Netflix, mas vale como produção cinematográfica. E, uma produção que tinha tudo para dar certo.
Uma estória crítica de cunho ecológico, mas que falava sobre o sentido da amizade.
Um visionário diretor vindo da Coreia do Sul, e cujas obras são bastante badaladas por aí, e um elenco que incluía Jake Gyllenhaal e Tilda Swinton.
O resultado, porém, foi bem esquecível. Os efeitos visuais são ótimos, disso não tenhamos dúvida, mas eles são misturados a um roteiro frouxo.
Não se decide entre ser comédia, drama, aventura, ou até mesmo terror (acreditem!). No final, o filme não passa de um amontoado de vergonhas alheias.
8- Ghost in the Shell: O Vigilante do Amanhã
Hollywood bem que tentou, porém transpor toda a profundidade do material original (anime, e, principalmente, mangá) para as terras de cá não seria fácil.
Ghost in the Shell até tenta arranhar um ou outro debate pertinente a respeito de nossa humanidade perante a tecnologia.
Mas, não passa de uma aventura apenas visualmente bonita, e rasa em essência.
Se era pra fazer isso, que deixassem a estória em terras nipônicas, mesmo.
7- A Torre Negra
Não é preciso discorrer muito a respeito de Stephen King, não é verdade?
E uma das questões que permeiam a sua obra é o fato de suas estórias serem quase intransponíveis para outras mídias, como o cinema, por exemplo.
E, olhem que Terra Negra não é um material nem tão complexo assim (pelo menos, não como Carrie, A Estranha, A Hora da Zona Morta e O Iluminado – só para citar algumas das melhores obras de King).
No entanto, uma hora e meia foi insuficiente para apresentar o mínimo que seja de uma estória relevante.
Pra falar a verdade, nós ficamos tão perdidos quanto os personagens, cujas motivações praticamente inexistem, fazendo deste um filme sem alma.
6- A Múmia

Não tem jeito. Pra se fazer um filme como A Múmia é preciso que mesmo que o roteiro seja absurdo, as situações sejam deveras divertidas (lembram-se da “Múmia”, com Brendam Fraser? Pois, é).
Aqui, as situações são absurdas, mas sem graça, sem sal, sem punch (com exceção da cena do avião, que rende alguma coisa).
Ao final, um Tom Cruise mais perdido do que cego em tiroteio, e uma vilã que remete (negativamente) a Magia de Esquadrão Suicida. Ninguém merece.
5- Alien: Covenant

Ridley Scott tem boas intenções, disso temos que concordar. A ideia era fazer alguns prelúdios da franquia “Alien”, para, depois de alguns anos, serem feitas continuações diretas da franquia original. Tudo embalado num debate mais filosófico, mas existencialista.
Porém, se Prometheus já era uma produção repleta de defeitos, Alien: Covenant consegue se superar.
Atuações canastronas, efeitos visuais que não contemplam devidamente o xenomorfo, e uma direção mambembe de Scott fazer desse filme algo intragável.
4- Transformers: O último Cavaleiro

Ok, ok, ok. Transformers, apesar do grande sucesso de bilheteria de seus filmes, nunca primou por ser uma franquia de qualidade em praticamente nenhum aspecto.
Só que O Último Cavaleiro, até pelo trailer, dava a impressão de ser algo mais grandioso, sério e épico. Ledo engano. Personagens fraquíssimos “rivalizam” com a habitual esquizofrenia de Michael Bay. Efeitos especiais espetaculosos?
Estão todos lá. Mas, precisa ser só isso, mesmo em se tratando de cinema de entretenimento?
3- Kong: A Ilha da Caveira
A intenção da Warner Bros. é se fazer uma espécie de “universo compartilhado” (apelidado de MonsterVerse) só com monstros famosos da cultura pop, cujo primeiro filme dessa empreitada “Godzilla”, de 2014, e o segundo, este Kong: A Ilha da Caveira.
Mas, se com Godzilla ainda existia alguma espécie de charme, de nostalgia em relação a esse tipo de filme, com Kong: A Ilha da Caveira, não teve jeito. Nem grandes atores como Brie Larson, Samuel L. Jackson, Tom Hiddleston e John Goodman conseguiram tirar leite de pedra.
O roteiro parece ser escrito por cem pessoas diferentes, tamanha a desorientação. A direção piegas de Jordan Vogt-Roberts também não ajuda muito. Era melhor Kong ter continuado entocado na floresta, do que ter participado de um filme desses…
2- Death Note
Quando a gente pensa que o mercado norte-americano não poderia piorar mais ainda uma maravilhosa obra japonesa, como aconteceu com Ghost in the Shell, mais que a Netflix não brinda com a sua versão Todo Mundo em Pânico para Death Note.
Sério: esqueça toda a profundidade do anime e do mangá originais, e tente ver isto aqui como uma paródia. Mas, pensando bem, nem como paródia o Death Note do Tio Sam serve.
A única coisa que se salva é Willem Dafoe como Ryuk, e olhe lá.
1- Jigsaw: Jogos Mortais
Qualquer franquia de sucesso é assim: os produtores espremem, espremem e espremem até o último bagaço para ver se ainda conseguem fazer um suco.
No caso de Jogos Mortais, convenhamos: a franquia morreu junto com o terceiro filme.
De lá pra cá, como diria o narrador de Clube da Luta, é a cópia da cópia da cópia da cópia… Nem como produção sanguinolenta com enfoque nos temidos jogos mortais este filme deve satisfazer os fãs da cine-série, visto que as mortes são pouco ou nada criativas.
E, mesmo se fossem, não nos importaríamos, pois, os personagens são chatos e esquecíveis. Ah, e a grande revelação final? Não, obrigado. Era melhor ter ido ver o filme do Pelé…