O episódio 5 de Wandavision apenas confirmou que Wanda não é chamada de Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) no MCU e todo o show oferece uma ideia de por que isso pode ser o caso.
O show aborda abertamente a ideia dos heróis do MCU com nomes falsos, com o diretor do SWORD Tyler Hayward perguntando a Jimmy Woose Wanda tem um pseudônimo ou um “apelido engraçado” e Woo confirmando que ela não tem ao oferecer sua história de fundo como uma espécie de arquivo de caso.
Embora ela seja amplamente referida como tal pela comunidade de fãs, Wanda permanece simplesmente Wanda no cânone MCU, e há um bom motivo.
Esta é a segunda vez que os heróis MCU abordaram a ideia de super-heróis com apelidos, como Peter Parker respondeu ao Doutor Estranho revelando seu nome na Guerra do Infinito dizendo “Oh, estamos usando nossos nomes inventados? Então eu sou o Homem-Aranha”.
Mas o momento WandaVision oferece o primeiro insight sobre como algumas das pessoas “reais” do universo reagem à ideia desses apelidos.
Hayward é apresentado como um personagem enfadonho, que parece cínico com a ideia de super-heróis terem pseudônimos, o que faz pouco sentido, visto que ele trabalhou durante anos com Maria Rambeau, que continuou a usar seu indicativo na literatura oficial do SWORD.
Mas a questão é que Hayward não se comove com a pompa do superheroísmo: uma dica sutil de onde ele provavelmente está na edição dos Acordos de Sokovia.
Quer Hayward usasse um pseudônimo para Wanda ou não, muitos dos outros super-heróis associados aos Vingadores e aos Guardiões da Galáxia têm pseudônimos oficialmente reconhecidos.
E, claro, Peter Quill se autodenomina Senhor das Estrelas como uma espécie de piada (o que na verdade é por um motivo de partir o coração).
Às vezes, os nomes são escolhidos de maneiras humilhantes ou cômicas: a Abominação é um insulto, o Homem de Ferro é uma simplificação exagerada, a Máquina de Guerra de James Rhodes é escolhido por Justin Hammer para provocar James Rhodes.
Na lógica do MCU, caberia que tais personagens fossem nomeados por outra pessoa – incluindo a mídia – para refletir a percepção deles, que é precisamente porque Wanda não é a Feiticeira Escarlate ainda.
Ela permanece humanizada porque ainda não se transformou em uma vilã, mesmo quando foi marcada como terrorista após os eventos da Guerra Civil.
Chamá-la de Bruxa Escarlate seria um reflexo de medo e o ponto sem volta para Wanda.
A estrutura do MCU na verdade se refere a Wanda como Scarlet Witch nos créditos, mas nunca houve qualquer menção a ela no diálogo.
O mais perto que alguém chegou de chamá-la foi quando Tony Stark se referiu a ela como uma bruxa em Era de Ultron: o que é revelador porque lembra o passado de Wanda como um antagonista.
Em um mundo onde a magia é uma ferramenta dos heróis, como o Doutor Estranho, e os superpoderes são uma ocorrência diária (mesmo que apenas em certas pessoas), não há necessidade de se referir a Wanda de uma forma que torne sua alteridade conscientemente assustadora.
As conotações em torno de “bruxa” são inerentemente negativas na literatura tradicional e Wanda pode ter cometido erros, mas ela recuperou seu passado voltando-se para Ultron.
Infelizmente para Wanda, WandaVision está preparando-a para uma virada vil antes do fim.
Ela já virou as armas contra o diretor Hayward, expulsou Monica à força de Westview e sua última mudança para o recém-nomeado “Hex” faz sua bolha mágica parecer dramaticamente mais sinistra.
A grande atenção colocada na ideia de ela não ter apelido quase dá a sensação de que isso aconteceria antes do clímax de WandaVision , o que se encaixaria com os rumores de que Wanda é a causa do Multiverso da Loucura.
Ou isso ou o arco de Wanda terminará com ela reivindicando o nome para si mesma e removendo todos os negativos, finalmente revelando quem ela é como uma declaração de poder.
