A Netflix virou uma coqueluche entre os mais apaixonados por cultura pop, quase como uma febre mesmo.
Além de ter em seu acervo produções de terceiros, muito recentemente ela resolveu fazer o seu próprio material, de séries a filmes.
No entanto, uma coisa chama a atenção: os altos e baixos em termos de qualidade que essas produções possuem.
Já fizemos algumas notícias do stream mais popular do mundo que você pode achar interessante:
Por sinal, no tocante a séries, é até interessante notar que existe um certo equilíbrio, que oscila entre ótimos produtos e outros bem medianos.
Porém, quando se trata de longas-metragens, a coisa realmente complica.
E é quase unânime que alguns dos filmes da Netflix são verdadeiras “bombas” intragáveis.
Mas qual seria o problema da Netflix?
Bem, a grande questão é que a Netflix, querendo ou não, precisa produzir muito material nos próximos meses para compor um enorme acervo que seja só dela.
Visto que a tendência é que, num futuro próximo, os grandes estúdios (em especial, a Disney) retirem as suas produções dela para realizarem o seu serviço de streaming.
Portanto, a Netflix está apenas fazendo o seu “pé de meia”.
Correndo contra o tempo para não ficar sem material para o seus assinantes daqui a algum tempo.
Algo perfeitamente natural em termos de mercado.
No entanto, sabemos muito bem que quantidade não significa qualidade.
E essa ânsia frenética em produzir cada vez mais tem gerado resultados bem desastrosos, como a versão ocidental para “Death Note”, e o mais recente “Bright”.
Só para ficarmos em dois exemplo bem simbólicos.
Estranhamente, a Netflix consegue se sair bem melhor no quesito documentários.,
É o caso dos ótimos “A 13ª Emenda”, “What Happened, Miss Simone?” e “Laerte-se”.
E se, em relação aos longas-metragens, a qualidade, em geral, é pífia, nas séries a situação melhora.
Mas, não tanto.
É certo que “Bojack Horseman”, “Dear White People”, “Stranger Things”, “Mindhunter” e as primeiras temporadas de “Demolidor” e “Justiceiro” são ótimas.
Mas, em contrapartida, tivemos recentemente, as pavorosas “Punho de Ferro” e “Os Defensores”, além das insossas “13 Reasons Why”, “Orange Is the New Black” e “House of Cards”
Essas duas últimas, inclusive, com temporadas bem decepcionantes este ano.
O problema de naõ ter produção própria
Porém, é bom ter em mente que tudo isso faz parte de estratégias de mercado, e é algo que já era previsto que iria acontecer.
Para se ter uma ideia, já foram anunciadas quais serão as produções retiradas da grade da Netflix.
Já agora em 2018, e entre elas, está toda a série “Arquivo X” e a trilogia do “Senhor dos Aneis”, por exemplo.
No entanto, o que talvez o que o público estranhe seja a grande quantidade de produções ruins feitas em tão pouco tempo.
No momento, em termos de produção própria, o que salva a Netflix são algumas séries, e os seus documentários.
Todavia, se o catálogo dela for composto, em sua maioria, por filmes de pouco ou nenhum impacto.
É certo que boa parte dos seus assinantes migrarão para outras plataformas.
Infelizmente, isto inviabilizaria a continuação de produções, como a série “Stranger Things”, por exemplo.
Torçamos, pois, que ela possa realizar cada vez mais obras, porém, com alguma qualidade.
Assim, ganham todos.